segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Despeço...


Despeço de mim...

Despeço de mim mesmo...

Não estou indo pra lugar nenhum,

Ou melhor, estou indo prum outro

Lugar dentro de mim mesmo.

Necessidade de novas emoções,

Novas descobertas.

Me despeço de velhas ilusões,

Caminhos tortuosos.

Quero outras cores,

Novas sensações.

Cansei de tons pastel.

Quero esquecer as loucuras,

E perseguir a lucidez,

Deixa as fantasias

Tentar ser real.

Despeço....

Despeço de meu antigo eu...

Desculpa...


Meus altos e baixos.
Fico me enganando,
Tentando achar que um dia quem sabe...
Mas quando esta euforia passa e caio em mim
Percebo que nunca estive tão só...
Só e com uma ilusão que machuca.
Que toma conta de mim.
Percebo também que meus momentos de felicidades são falsos,
Fazem parte da minha loucura.
Desculpa...
Acredito não ser sua culpa,
Você até parece querer.
Tem momentos que acredito que paira uma dúvida,
Uma indecisão.
Quando seus olhos seguem os meus e me sinto protegido
Acredito tudo ser possível,
Mas sei que é a minha loucura...
Desculpa...
Fico criando situações, artimanhas
Para estar sempre com você,
Tecendo teias que sei que é a mim que prenderão
Desculpa...
Se te amo, se parece impossível viver sem você,
Se a minha vontade é estar sempre por perto,
De te ligar toda hora,
Enviar mensagens,
E se as horas não passam quando não estou com você,
E se voam quando estamos juntos.
Desculpa...
Sei que você não pode fazer nada, (palavras suas)
Sei também que isso nos machuca mais do que nos faz feliz. (palavras suas)
Tenho que seguir meu rumo,
Procurar minha cura,
Meu “Só por hoje”
E viver cada dia.
Desculpa...

domingo, 6 de setembro de 2009


Irreal




Hoje estamos assim...


Inquietos,


Incapazes de perceber a verdade,


De encarar a realidade.


Não somos mais gigantes assustadores.


E a certeza brinca, criando caminhos


Pelos quais parece impossíveis seguir, mas...


Tempos não são criados para satisfazerem


Nossos caprichos,


E não temos meios para nos afirmarmos,


Tempo para escolher.


O caminho indicado mostra que a paisagem


Já nos é conhecida,


Já fez parte de nós, mas...


Hoje estamos alheios a tudo,


Capazes de sentir apenas nossos medos, o irreal.


E a certeza já não quer brincar,


Já não cria mais.


Sentimos que é possível seguir,


Mesmo que novos tempos não sejam criados,


Mesmo que as vontades não sejam saciadas,


Mesmo que os caminhos


Já não nos pareçam familiar.


Onde descobrimos que somos meros


Anões assustados,


Inquietos,


Incapazes de sentir.


De encarar a realidade


Irreal.

Uma Carícia

Por que pensar,
Pra que se importar.
Alguma coisa me joga a seu encontro,
Sem perdão, entregue à alucinações,
Mas sempre volto, e continuo a pensar...
Percebo que nada poderia sentir
O que há dentro do meu corpo,
Parece um medo,
Um medo de se entregar...
Vejo-me sem opção
Vendo apenas um caminho,
Uma tola esperança sem conseqüências,
Um vai-e-vem que me leva além dos meus desejos.
Fico imagino caminhos, brincadeiras, inocência.
Um perdão,
Uma caricia.
Tento reter sua sombra,
Você uma criança,
Um sonho.
Agora...
Aqui...
Um pesadelo,
Uma proposta,
Um lugar só meu, só nosso.
Procuro...
Um sol, uma lua,
Um outro lado,
Uma noite perdida.
Aguardo...
Uma caricia, e
Me entrego à sua lembrança
Nada mais...

Norlen Apelfeler