segunda-feira, 7 de setembro de 2009
domingo, 6 de setembro de 2009
Irreal
Hoje estamos assim...
Inquietos,
Incapazes de perceber a verdade,
De encarar a realidade.
Não somos mais gigantes assustadores.
E a certeza brinca, criando caminhos
Pelos quais parece impossíveis seguir, mas...
Tempos não são criados para satisfazerem
Nossos caprichos,
E não temos meios para nos afirmarmos,
Tempo para escolher.
O caminho indicado mostra que a paisagem
Já nos é conhecida,
Já fez parte de nós, mas...
Hoje estamos alheios a tudo,
Capazes de sentir apenas nossos medos, o irreal.
E a certeza já não quer brincar,
Já não cria mais.
Sentimos que é possível seguir,
Mesmo que novos tempos não sejam criados,
Mesmo que as vontades não sejam saciadas,
Mesmo que os caminhos
Já não nos pareçam familiar.
Onde descobrimos que somos meros
Anões assustados,
Inquietos,
Incapazes de sentir.
De encarar a realidade
Irreal.
Uma Carícia
Por que pensar,
Pra que se importar.
Alguma coisa me joga a seu encontro,
Sem perdão, entregue à alucinações,
Mas sempre volto, e continuo a pensar...
Percebo que nada poderia sentir
O que há dentro do meu corpo,
Parece um medo,
Um medo de se entregar...
Vejo-me sem opção
Vendo apenas um caminho,
Uma tola esperança sem conseqüências,
Um vai-e-vem que me leva além dos meus desejos.
Fico imagino caminhos, brincadeiras, inocência.
Um perdão,
Uma caricia.
Tento reter sua sombra,
Você uma criança,
Um sonho.
Agora...
Aqui...
Um pesadelo,
Uma proposta,
Um lugar só meu, só nosso.
Procuro...
Um sol, uma lua,
Um outro lado,
Uma noite perdida.
Aguardo...
Uma caricia, e
Me entrego à sua lembrança
Nada mais...
Norlen Apelfeler