Sem saber dizer
Um dor me cerca,
Rondando a fonte
De minhas emoções.
Uma cor, uma vez.
Sem ventos,
Numa noite em que o sono
Não mostra seu rosto.
E as rosas secam
Na manhã que desponta
Cintilando,
Indisciplinando a carne.
E eu serei para você uma flor,
Sem esquecer meu destino
De ser uma ilha
Num lugar transparente,
Sem pensar no tempo
Em que outro complô
Será armado
Com estranhos herdando
A rebeldia de seus instintos.
E você pensará em dizer:
“Meu amor”...
Sem ventos...
Numa noite que o sono não chega e...
As rosas secam sendo amadas
Por estranhos,
Neste tempo em que
Já sou uma ilha,
Sem ser chamado
De meu amor.
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