segunda-feira, 24 de maio de 2010


Sem saber dizer


Um dor me cerca,

Rondando a fonte

De minhas emoções.

Uma cor, uma vez.

Sem ventos,

Numa noite em que o sono

Não mostra seu rosto.


E as rosas secam

Na manhã que desponta

Cintilando,

Indisciplinando a carne.

E eu serei para você uma flor,

Sem esquecer meu destino

De ser uma ilha

Num lugar transparente,

Sem pensar no tempo

Em que outro complô

Será armado

Com estranhos herdando

A rebeldia de seus instintos.

E você pensará em dizer:

“Meu amor”...


Sem ventos...

Numa noite que o sono não chega e...

As rosas secam sendo amadas

Por estranhos,

Neste tempo em que

Já sou uma ilha,

Sem ser chamado

De meu amor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário