quinta-feira, 1 de abril de 2010


Busco ao baú


Me perco

Nesta transparência

Tentando me encontrar,

Busco ao baú,

Descubro que o beijo não vem.

Uma obsessão

No limiar dos seus sonhos,

E volto ao fim.

Me busco

Entre cada rosto sem expressão

Mecânico, comandados

Pelos seus íntimos amargos.

Pulo o muro,

Descubro o céu,

Corro ao meu encontro,

Passo por mim...

Outra vez o silencio.

Fim, medo, náusea.

Sem me tocar,

Sem me conhecer.

Dou o outro lado,

Traço um outro plano,

Uma nova fuga,

Comando um complô,

Uma ameaça...

Sento no chão, na rua,

Nesta escuridão...

Um hálito,

Um beijo,

Uma noite...

Não encontro uma ponte,

E em um beco escuro sem fim

Me perco.

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