quinta-feira, 1 de abril de 2010








Despercebido


Estranho eu existir, mas não me sentir.
Parece que falta alguma coisa.

As ruas ficam desertas mais cedo, e...

Nada importa, nada chama minha atenção.

Só um sentimento me leva

A querer viver, procurar, tatear,

Sem cair, pra não ousar levantar.

Ando pela cidade agora às escuras,

Procurando encontrar um pouco de emoção, mas...

Percebo-me envolto em ilusões,

Lembrando momentos de felicidades

Perdidas, esquecidas... Que só a mim não passam

Despercebidas...

E os poucos que passam me olham se perguntando

O que eu estaria pensando.

Vejo-me outra vez seguindo sem rumo,

Vendo seus olhos me seguirem vigiando,

Tentando me dizer onde posso me encontrar

Nestas ruas de vazio intenso.

E as pessoas continuam a passarem

Sem se importarem...

Seus olhos pregados na escuridão

Insistem em criar emoções

Que só a mim não passam

Despercebidas...

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